quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sobre um dia no parque



Arrependo-me de não ter falado nada quando fui embora. Devia ter dito que já ia, devia ter pedido para abrir o portão, que já passava da hora de ir embora da sua casa, da sua vida.. Fui sem dizer que era pra sempre, nunca fui do tipo de avisar, apenas de ir. Agora as lembranças tentam me dizer o que perdi, mas a razão me remete ao futuro maravilhoso que está pelo caminho e me diz que, ao invés de você, a felicidade me espera de braços abertos e o tempo até lá só depende de mim. Fácil dizer isso quando você não está perto, não sei se notou, mas eu não estou mais do outro lado da porta pra quando você sentir saudades. Na verdade espero estar bem longe quando isso acontecer, bem fora do alcance da recaída. Dizem que um dia a ficha cai e a gente enxerga o óbvio, minha ficha tinha gravada o seu nome e se prendia a você como único refúlgio de Paz, foi difícil querer que ela caísse, fugisse, sumisse.. Contudo, se foi, levando tudo o que existiu de bom e de ruim entre nós um dia. Deixei ela cair quando deixei você dormindo e saí pelo seu portão sem olhar para trás. Talvez note agora, daqui uns meses ou jamais, sendo qual for, não me tente nunca mais, apenas me abrace como um gesto de Paz !

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